O Partido Democrata, do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou uma maioria de 60 cadeiras no Senado americano, o que, a princípio, permite que os governistas evitem a tática conhecida como "filibuster", que pode ser usada pela oposição para obstruir projetos de lei na Casa. A maioria de 60 cadeiras foi conquistada após a Suprema Corte de Minnesota ter dado, nesta terça-feira, a vitória ao democrata Al Franken nas eleições para o representante do Estado no Senado, realizadas no último mês de novembro. A disputa a respeito da cadeira de Minnesota no Senado americano começou na noite das eleições, em 4 de novembro. A apuração eletrônica apontava que o candidato do Partido Republicano, Norm Coleman, teria uma vantagem de apenas 215 votos sobre Franken, o que, pela lei Estadual, levou a uma recontagem manual dos votos. A recontagem, cujo resultado foi anunciado em 5 de janeiro, apontou Franken como o vencedor das eleições, mas o candidato republicano questionou o resultado na Justiça. A Suprema Corte de Minnesota, no entanto, rejeitou seus argumentos, o que fez com que o republicano reconhecesse a derrota nesta terça-feira. "A Suprema Corte tomou a decisão e eu obedecerei", afirmou Coleman. Já o democrata Franken comemorou o resultado e se disse "estimulado e honrado com a confiança que os eleitores depositaram" nele. Franken ficou famoso como comediante do programa de televisão Saturday Night Live. Ele depois se tornou escritor e apresentador de uma rádio de tendência liberal nos Estados Unidos. No passado, um senador poderia causar o adiamento ao permanecer discursando indefinidamente à Casa. Embora os democratas não possam contar os 60 senadores em todas as votações na Casa, a marca deixa claro o domínio do partido no Senado.
Guilherme Brancher
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