sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou nesta sexta a retirada da maioria das tropas do Iraque até 31 de agosto de 2010 e disse que é a hora de se voltar para outras prioridades, como os esforços contra a crise e o reforço militar no Afeganistão, além de se aproximar de países de todos os países do Oriente Médio, inclusive Síria e Irã.
"Vou dizer isto da maneira mais clara possível: no 31 de agosto de 2010 terminará nossa missão de combate no Iraque", afirmou Obama. "Temos agora uma nova estratégia de transição para entregar a responsabilidade para o povo iraquiano", acrescentou. Segundo Obama, a solução para o Iraque é política, e não militar.

Em seu pronunciamento, Obama fez questão de dizer aos iraquianos que os Estados Unidos não planejam ter poder sobre seu território, na tentativa de acalmar os iraquianos preocupados com uma presença prolongada do exército norte-americano no país. O presidente usou parte do discurso para falar diretamente aos iraquianos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Quem são os verdadeiros culpados?

Aproximadamente 5 meses após o colapso do banco de investimentos Lehman Brothers, a revista americana Time, escolheu 25 culpados pela maior crise econômica já enfrentada desde a Grande Depressão, em 1929, submetendo-os a votação popular na internet. As pessoas puderam acessar o site da revista e votar nos 25 escolhidos, dando uma nota de 0 a 10 pela culpa de cada candidato ao título de causador de tal crise.
Até a tarde de quinta-feira da semana passada, mais de 2.5 milhões de votas já haviam sido computados. A pior colocação era de Phil Gramm, ex-presidente do Comitê de Bancos do Senado americano.Ele foi o principal defensor da desregulamentação de Wall Street. Propôs, e obteve, o fim da fiscalização de produtos financeiros exóticos. Até há pouco, negava a gravidade da crise: “Viramos um país de chorões”.
Bush recebeu 145 mil votos, e a nota 8, Clinton, 138 mil votos, e a nota 7. Os dois foram incluídos pela revista, por terem promovido a febre da desregulamentação, contribuindo para que um ambiente financeiro sem-lei fosse criado.
A Time também apontou alguns nomes não tão conhecidos fora dos Estados Unidos. Como Angelo Mozilo (3° colocado), que fundou e dirigiu a Countrywide, a companhia que mais fez empréstimos imobiliários nos Estados Unidos. Quanto mais crédito podre concedia, mais ganhava: um total de 470 milhões de dólares entre 2001 e 2006. Ou de Ian McCarthy (7° colocado), CEO da construtora Beazer Homes, desenvolveu uma estratégia infalível para lucrar. Atraía consumidores sem dinheiro. Oferecia a eles não só os imóveis, mas os recursos para que pagassem as primeiras prestações. Com isso, forjava históricos de crédito, que serviam para alavancar mais financiamentos.
Até mesmo o consumidor americano, foi apontado pela revista como um dos culpados pela crise: os juros baratos, em parte por causa do financiamento concedido pelos chineses à dívida pública dos EUA, levaram as famílias do país a destruir suas poupanças e se endividar cada vez mais.
Diz a matéria da Time: “ As civilizações modernas dão aos estados o monopólio de punição. Mas, como essa crise revela claramente, estamos em uma nova era. A lei foi incapaz de colocar ordem no terreno perigoso para onde nos conduziram a tecnologia financeira e a globalização, um espaço sem fronteiras e com poucas regras. Até que isso ocorra, sempre nos restará a velha sanção de impor a vergonha aos culpados?












Indiara Brancher